Uma história de Arte - Parte III
- Carlos Bugni
- 10 de fev. de 2016
- 2 min de leitura
Meu conhecimento musical, tanto teórico quanto auditivo, ia tomando corpo. Passei a frequentar também shows 'da noite', isto é, em bares, cenas alternativas e festivais.
Entre os mais lembrados, sem dúvida, estão os antológicos shows do Bom Demais, bar e restaurante alternativo de Cristina Roberto. O cardápio era 'natureba' mas os shows quentes e apimentados. Alí presenciei, entre outras, várias apresentações de Cássia Eller. Havia dois jovens colegas músicos, sempre 'gente boa' e atenciosos, que estavam em todas... Wladimir Barros e Leander Motta.
Aprendi a tocar uns 'Chico, Gil, Milton e Caetano' no violão, o amigo violeiro Fernando Villarinho me aplicou Fagner, o clube da esquina se descortinou um pouco até por influencia do Instrumental I e II do 14 bis e de outros 2 amigos me ensinavam músicas no violão; Fred Brandão e Marcelo Masiero (Obrigado, amigo, pelos Badens ). A boemia tomou 'de' conta.
Mas uma coisa me incomodava. Ouvia falar, nas altas rodas, em Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Jethro Tull, King Crimson, e outros que eu não conhecia. Eu tinha que pesquisar esses caras. Mas na época não era tão facil quanto procurar no google ou assistir no youtube. Foi aí que começei a frequentar sebos de disco. Assim como lojas de disco novos, não podia entrar pra não sair com mais de 10. Hoje minha coleção contém por volta de 2 mil discos de vinil.
Virei fã número um de Egberto, multiinstrumentista de técnica, sensibilidade e brasilidade invejávies, e Hermeto, também exímio multiinstrumentista, mestre intuitivo e espontâneo. A eles se juntaram Oscar Peterson, Miles Davis, Chet Baker, Chick Corea, o maravilhoso violonista flamenco Paco de Lucia, Codona, Jean Luc Ponty, Alan Parson Project, Stephany Grappelli, Freddie Rubbard, de aí pra frente meus grandes mestres de influência do Jazz; Branford Marsalis, Keith Jarret, Pat Metheny, Jaco Pastorius, e uma banda 'da pesada' liderada pelo descons(c)ertante tecladista Joe Zawinul e Wayne Shorter no sax. Mas adiante comentaremos alguns de seus albuns.

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